Cristina Buarque e Terreiro Grande

9 de jan. de 2009

G.R.E.S. Quilombo na Tom Maior



Hoje é manhã de Carnaval Solte o sorriso e vem de novo Trago um aviso ao nosso povo que o Quilombo já vem por ai !!!


Quem não viu,certamente verá brotar da mais profunda raiz o samba verdadeiro que
São Paulo realmente estava precisando. De inúmeras vertentes de sambistas Paulistanos,nasce “GRES QUILOMBO” excepcionalmente no dia 07 de Junho de 2007 no lado sul de São Paulo mais precisamente na Rua Chaga Santos no Bairro da Saúde. Felizes nas suas cores Verde e Branco, felizes no seu símbolo a coroa de um Rei Imperial e felizes na escolha do seu nome, Quilombo sem sombra de dúvidas é uma “escola de samba de verdade” começando com seus Jovens componentes fundadores que são profundos defensores das raízes africanas e tem uma preocupação em mantê-las fielmente.
São Jorge Guerreiro (OGUM) é o padroeiro da Escola de Samba Quilombo e a mesma promete trazer de volta nos seus desfiles de carnaval, algumas tradicionalidades sambísticas que nos dias de hoje,infelizmente não se vê mais nos Mega Espetáculos das escolas de samba.Cadência da Batucada, a verdadeira “EVOLUÇÂO”e o samba no pé são prioridades que a escola não abre mão de forma alguma .
Tem no seu estatuto,trabalhar em prol do samba, de forma educativa através de cursos,palestras,workshop,tudo que se relaciona às vertentes africanas para agregar todos os apreciadores e componentes da escola e acima de tudo,transmitir os fundamentos culturais dentro da linguagem do samba.
Parabéns Quilombo, parabéns aos jovens Sambistas fundadores e defensores da raiz e da velha-guarda pois,quem ganha com isso é o Samba mantendo-se perto da sua ancestralidade,culturalidade e originalidade e quem se beneficia com isso é o povo. Que os Orixás os abençoe, e continue nessa empreitada pois o Quilombo já esta no coração de todos nós !


Matéria: Junior ABC
para o SPcarnaval: http://www.spcarnaval.com.br/

4 de jul. de 2008

Ataulfo Alves



Ataulfo Alves de Sousa era mineiro de Miraí, uma cidade- zinha distante de Belo Horizonte cerca de 500 quilômetros. Nasceu e viveu parte da infância numa fazenda do município, situado na montanhosa região da Zona da Mata. Seu pai era violeiro, sanfoneiro e repentista, e lhe ensinou a fazer versos, respondendo a seus improvisos. Mas morreu cedo – Ataulfo tinha apenas oito anos. Aí a mãe pegou os sete filhos, saiu da roça e se mudou para a sede de Miraí. E, já a partir dos dez anos, ele teve de ajudar no sustento da casa, enquanto estudava. Durante a adolescência, foi leiteiro, condutor de bois, carregador de malas na estação de trem, menino de recados, marceneiro, engraxate e lavrador. Em 1927, seguiu para o Rio de Janeiro, para trabalhar como faxineiro na casa e como entregador no consultório de um médico de sua terra. Depois, se tornou prático de farmácia.

Freqüentando as rodas de samba de Rio Comprido, bairro em que morava, não demorou a organizar um conjunto próprio. Também rapidamente, arrumou uma namorada e com ela se casou, em 1928 (chamava-se Judite, que seria a mãe de seus quatro filhos).

Ataulfo tocava violão, cavaquinho e bandolim. Era diretor de harmonia do bloco Fale Quem Quiser. E criava suas primeiras composições. Algumas delas levaram o sambista Bide (Alcebíades Barcelos, parceiro de Marçal em "Agora É Cinza", sucesso na época) a apresentá-lo na gravadora RCA Victor. Em 1933, ele era lançado como autor por Carmen Miranda ("Tempo Perdido"), seguida por Almirante ("Sexta-Feira"). Mas o sucesso só chegou dois anos depois, com "Saudade do Meu Barracão", na voz do pouco conhecido Floriano Belham, acompanhado do Bando da Lua.

31 de jan. de 2008

Matéria sobre o Mestre Candeia no RJTV

É raro, mas de vez em quando fala-se nas emissoras de grandes potencias sobre os grandes sambistas brasileiros que são desconhecidos do grande público na grande mídia.
Recentemente, o repórter Tino Marcos fez uma matéria para o Jornal RJTV sobre Antônio Candeia Filho (Candeia), gênio e um dos principais defensores da arte negra e do samba como expressão cultural legítima e autêntica do povo brasileiro.

Nascido em: 17/8/1935 Rio de Janeiro, RJ

Faleceu em: 16/11/1978 Rio de Janeiro, RJ

BIOGRAFIA

Compositor. Cantor.

O pai, Antônio Candeia, era tipógrafo, flautista e integrante de comissões de frente de escolas de samba. Quando criança, na data de seu aniversário, o pai promovia uma roda de samba para os amigos adultos, regada à cachaça e a feijão.

Desde os seis anos de idade, freqüentava as rodas de samba e choro, organizada por seu pai, sambista e boêmio, amigo de Paulo da Portela, João da Gente, Claudionor Cruz e Zé da Zilda.

Aprendeu a tocar violão e cavaquinho e passou a participar das reuniões de sambistas na casa de Dona Ester, em Oswaldo Cruz. Por essa época, conheceu e fez amizade com vários compositores como Luperce Miranda. Também era freqüentador dos terreiros de candomblé, das rodas de capoeira e da Escola de Samba Vai Como Pode, que deu origem à Portela.

Começou a compor aos 13 anos.

O primeiro samba-enredo para a Portela foi "Seis datas magnas", em parceria com Altair Marinho. Com esse samba, em 1953, a escola foi campeã no carnaval daquele ano, obtendo nota máxima em todos os quesitos. Por essa época, com alguns amigos, fundou a Ala da Mocidade da Portela. Mais tarde, integrou a Ala dos Impossíveis, considerada por Paulo da Portela como a ala que mais deu fruto para a escola.

Em 1957, aos 22 anos, entrou para a Polícia Civil, assumindo o cargo de Investigador. Policial severo vivia prendendo prostitutas e malandros. Certa vez, em uma sinuca, chegou a pedir documentos a um certo rapaz que mais tarde seria conhecido como Paulinho da Viola. No dia 13 de dezembro de 1965, após abordar um caminhão e esvaziar o revólver nas rodas do veículo, foi surpreendido pelo motorista que lhe desfechou cinco tiros, um deles alojou-se na medula óssea. Logo depois, já paralítico, foi obrigado a afastar-se da profissão e passou a dedicar-se exclusivamente à carreira artística.

Em 1978, em parceria com Isnard, lançou o livro "Escola de Samba - A Árvore que Esqueceu a Raiz", pela Editora Lidador/Seec. De acordo com o crítico Mauro Ferreira: "Tal qual Zumbi dos Palmares, Candeia era o Zumbi dos terreiros cariocas, desbravando caminhos e lutou para manter erguida a bandeira dos partidos mais altos e do orgulho negro.".

Em 1987 foi publicado pela Funarte, em co-edição com a Martins Fontes, o livro "Candeia: luz da inspiração", de João Batista M. Vargem.

Em 2002 foi lançado o livro "Velhas Histórias, memórias futuras" (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.


DADOS ARTISTICO

Iniciou a carreira artística na Portela, levado pelo compositor Alvaiade, responsável por seu lançamento e apresentação na ala dos compositores da escola.

Aos 17 anos, em 1953, compôs o samba-enredo "Seis datas magnas" em parceria com Altair Marinho, sendo este o primeiro samba na história do carnaval a conseguir a nota máxima do júri. Ainda na Portela, com Valdir 59, compôs mais dois sambas-enredos. Um deles, "Festas juninas em fevereiro", de 1955, classificou a escola em terceiro lugar.

No ano de 1957, compôs com Valdir 59 o samba-enredo "Legados de D. João VI" , com o qual a escola foi campeã. Neste mesmo ano, teve gravada em um 78 rpm por Luís Bandeira a sua primeira música, "Samba sincopado". O cantor ouvira a samba por acaso, nos estúdios da gravadora Sinter.

No ano de 1959, compôs com Casquinha, Bubu, Valdir 59 e Picolino, o samba-enredo "Brasil, panteão de glórias", com o qual a escola se classificou no carnaval daquele ano em primeiro lugar.

No início da década de 1960, participou do movimento de revitalização do samba, promovido pelo CPC (Centro Popular de Cultura) em parceria com a UNE (União Nacional dos Estudantes). Por essa época, ao lado de Picolino e Casquinha, organizou o conjunto Mensageiros do Samba que, a partir de 1964, passou a apresentar-se no Zicartola, chegando a gravar um LP pela Philips.

No ano de 1965, no aniversário dos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro, compôs com Valdir 59 "Histórias e tradições do Rio Quatrocentão", com o qual a Portela se classificou em terceiro lugar no desfile daquele ano. Neste mesmo ano, Elizete Cardoso, no LP "Elizete sobe o moro", interpretou de sua autoria "Minhas madrugadas" (c/ Paulinho da Viola). No ano seguinte, Paulinho da Viola regravou a composição.

Em 1970 lançou o LP "Candeia", o primeiro disco individual, no qual interpretou de sua autoria "Samba da antiga", "Viver", "Chorei, chorei", "O pagode", "Prece ao sol", "A volta", "Paixão segundo eu", "Dia de graça", "Outro recado" (c/ Otto Enrique Trepte "Casquinha"), "Sorriso antigo" (c/ Aldecy), "Coisas banais" (c/ Paulinho da Viola) e "Ilusão perdida" (c/ Otto Enrique Trepte "Casquinha"). No ano seguinte, pela mesma gravadora, lançou o LP "Raiz". No disco incluiu de sua autoria "Filosofia do samba", "Vem é lua", "A hora e a vez do samba", "Quarto escuro", "Regresso", "Saudação a Toco Preto", "De qualquer maneira", "Imaginação" (c/ Aldecy), "Minhas madrugadas" (c/ Paulinho da Viola), "Saudade" (c/ Arthur Poerner), "Vai pro lado de lá" (c/ Euclenes) e ainda "Silêncio tamborim", de autoria de Anézio e Wilson Bombeiro.

Em 1972, juntamente com Hiram Araújo, foi o autor do enredo "Ilu Ayê - A Terra da Vida". A Portela se classificou em terceiro lugar com o samba-enredo do mesmo nome, de autoria de Cabana e Norival Reis.

Em meados da década de 1970, afastou-se da Portela. No ano de 1974, Clara Nunes gravou "Sindorerê". Neste mesmo ano, o crítico Ricardo Cravo Albin incluiu seu samba "Dia de graça" no oitavo e último LP da série "MPB - 100 Anos - Ao Vivo", contando a história da MPB, gravado ao vivo na Rádio MEC. O samba foi interpretado por Elza Soares, acompanhada de Abel Ferreira e seu conjunto. Ainda em 1974, Elizete Cardoso, no LP "Feito em casa", incluiu de sua autoria "Peso dos anos", parceria com Walter Rosa.

Em 1975, pela gravadora Tapecar, lançou o LP "Samba de roda", no qual adaptou e interpretou diversos motivos folclóricos da Bahia, entre os quais "Capoeira: Ai, Haydê", "Paranauê", "Maculelê: Sou eu, sou eu", "Não mate homem", "Olha hora Maria", "Candomblé: Deus que lhe dê" e "Salve! Salve!", além da faixa-título "Samba de roda: Porque não veio", também um desses motivos baianos. No disco também incluiu composições de sua autoria, entre elas "Brinde ao cansaço", "Alegria perdida" (c/ Wilson Moreira), "Sinhá dona da casa" (c/ Netinho), "Acalentava", "Samba na tendinha", "Não tem veneno" (c/ Wilson Moreira), "Eskindôlelê" e ainda "Já clareou" (Dewett Cardoso), "Conselhos de vadio" (Alvarenga) e "Camafeu" (Martinho da Vila). Neste mesmo ano participou do disco "Partido em 5 - volume 1", ao lado de Joãozinho da Pecadora, Anézio, Wilson Moreira, Velha e Casquinha. Ainda em 1975, ao lado de Hélio Nascimento, Anézio, Velha, Casquinha e Wilson Moreira, gravou o LP "Partido em 5 volume 2", no qual foram incluídas de sua autoria "Batuque feiticeiro", "História de pescador" e "Luz da inspiração". Participou também do LP "Partido de primeira", no qual interpretou "Samba na tendinha", "Já clareou" e "Olha a hora, Maria". Neste mesmo ano, Clara Nunes gravou um sucesso de sua autoria, "O mar serenou", e Alcione, no LP "A voz do samba", incluiu duas composições de sua autoria, "História de pescador" e "Batuquei no feiticeiro". Em 8 de dezembro de 1975, desiludido com o gigantismo assumido pelas escolas, inclusive a Portela, fundou, ao lado de outros compositores como Nei Lopes e Wilson Moreira, o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. Inicialmente, a nova escola teve sede em Rocha Miranda e logo depois mudou-se para Coelho Neto, sendo Candeia o primeiro presidente do conselho deliberativo.

Em 1977, Clara Nunes gravou no LP "As forças da natureza", a composição "PCJ - Partido da Clementina de Jesus", interpretada em dueto com Clementina de Jesus. Neste mesmo ano, ao lado de Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros, gravou o disco "Os Quatro grandes do samba", no qual foram incluídas de sua autoria "Expressão do teu olhar", interpretada pelo autor e ainda "Não vem" (assim não dá), interpretada junto com Elton Medeiros, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho e uma terceira faixa, "Sou mais o samba", cantada em dueto com Dona Ivone Lara. Com o sucesso do LP, foi montado o show homônimo no Teatro Clara Nunes, também com grande sucesso. Neste mesmo ano lançou o disco "Luz da inspiração" interpretando de sua autoria "Olha o samba sinhá", "Vem menina moça", "Nova escola", "Luz da inspiração", "Cabocla Jurema" e "Falso poder", além de outras composições em parceria, tais como "Me alucina" (c/ Wilson Moreira), "Era quase madrugada" (c/ Casquinha), "Riquezas do Brasil" c/ Waldir 59) e ainda "Pelo nosso amor" (Cartola), "Maria Madalena da Portela" (Aniceto do Império) e "Já curei minha dor", de Padeirinho da Mangueira.

No ano de 1978, lançou o que foi considerado seu melhor disco, "Axé! Gente amiga do samba". No LP, com arranjos de João de Aquino, incluiu "Vivo isolado do mundo", composição de autoria de Alcides Malandro Histórico, geralmente creditada a autoria a Candeia, dado ao enorme sucesso da música naquela época. No disco também interpretou "O invocado" (Casquinha), "Beberrão" (Aniceto do Império e Mulequinho), "Ouço uma voz" (Nelson Amorim) e "Ouro desça do seu trono", de Paulo da Portela. Ainda no LP, incluiu de sua autoria as faixas "Dia de graça", "Gamação", "Pintura sem arte", "Mil reis" (c/ Noca da Portela), "Amor não é brinquedo" (c/ Martinho da Vila), "Zé Tambozeiro" (c/ Vandinho), "Peixeiro granfino" (c/ Bretas) e "Vem amenizar", em parceria com Waldir 59. Neste mesmo ano, Beth Carvalho interpretou "Você, eu e a orgia", parceria com Martinho da Vila. No ano seguinte, em 1979, no LP "Clementina e convidados", Clementina de Jesus gravou "Tantas você fez", em dueto com Cristina Buarque. A cantora Renata Lu no LP "Tô voltando" regravou "Mil-réis". Alcione, neste mesmo ano, regravou "Dia de graça" no LP "Gostoso veneno", gravada anteriormente por Elza Soares. Clara Nunes, no disco "Esperança", incluiu duas composições suas em parcerias com Jaime: "Ê, favela" e "Minha gente" e, em 1980, interpretou no LP "Brasil mestiço", duas outras composições de sua autoria: "Dia a dia" (c/ Jaime) e "Regresso".

Em 1981Alcione regravou "Pintura sem arte".

Em 1983, Beth Carvalho gravou "Sabão"(c/ Alvarenga) no disco "Suor no rosto". No ano seguinte Alcione interpretou "A luz do vencedor", parceria com Luiz Carlos da Vila.

Foi homenageado pela Escola de Samba Unidos do Jacarezinho em 1986, com o enredo "Candeia, luz de inspiração", com o qual a escola foi promovida para o grupo principal. No ano seguinte, Cristina Buarque gravou "Morro do sossego" (c/ Arthur José Poerner).

Em 1988, aos dez anos de seu falecimento, a Funarte lhe prestou homenagem lançando um disco com 11 composições suas: "O último bloco", "Anjo moreno", "Criança louca", "Testamento de partideiro", "Réu confesso" (c/ Casquinha e Davi do Pandeiro), "Indecisão" (c/ Casquinha), "Seis datas magnas" (c/ Altair Prego), "Peso dos anos" (c/ Walter Rosa), "Quero estar só" (c/ Wilson Moreira), "Portela é uma família reunida" (c/ Monarco), "Não vou te perdoar" (c/ Wilson Moreira) e "Morro do Sossego" (c/ Arthur Poerner). Beth Carvalho também lhe prestou homenagem no LP "Alma brasileira", interpretando de sua autoria "Olha a hora, Maria" e "Gamação".

No ano de 1993, a gravadora Warner Music lançou pela coleção "Mestre da MPB" o CD "Candeia", no qual foram compilados alguns de seus sucessos, entre os quais "Dia de graça", "Pintura sem arte" e "Amor não é brinquedo", parceria com Martinho da Vila. No disco também foram incluídas algumas de suas interpretações para composições de amigos: "Maria Madalena da Portela" (Aniceto do Império), "Vivo isolado do mundo" (Alcides Malandro Histórico), "Ao povo em forma de arte" (Wilson Moreira e Nei Lopes) e "Beberrão", de Aniceto do Império e Mulequinho.

No ano de 1995, Martinho da Vila, no CD "Tá delícia, tá gostoso", o homenageou com o pot-pourri "Em memória a Candeia", interpretando "Dia de graça", "Filosofia do samba", "De qualquer maneira", "Peixeiro grã-fino" e "Não tem vencedor". No ano seguinte, Zeca Pagodinho e a Velha-Guarda da Portela, no disco "Deixa clarear", prestaram uma homenagem ao mestre, cantando o samba "Vivo isolado do mundo" de autoria de Alcides Dias Lopes (Alcides Malandro Histórico).

Em 1996, Paulinho da Viola, no disco "Bebadosamba", interpretou "O ideal é competir" (c/ Casquinha). No ano seguinte, Mart'nália, no disco "Minha cara", incluiu de sua autoria a composição "A flor e o samba". Dois anos depois, o disco "Homenagem Eterna chama/ Candeia", trouxe as parcerias de Marquinhos de Oswaldo Cruz e Candeia na música "Luz de verão", resgatada de uma fita cassete gravada por Cristina Buarque na casa de Candeia, na década de 1970. O CD "Eterna Chama/Candeia", ainda destacou a participação especial de João de Aquino, que fez a direção musical e atuou como violonista, e de Cristina Buarque na faixa " Vem pra Portela" (c/ Coringa). Neste mesmo disco outros intérpretes lhe prestaram homenagem: Beth Carvalho ('Pintura de arte' e 'O mar serenou'), Zeca Pagodinho ('Expressão do teu olhar'), Martinho da Vila ('Eterna paz', em parceria com o homenageado), Dona Ivone Lara ('Peixeiro grã-fino'), Nelson Sargento ('Peso dos anos'), Monarco e a Velha-Guarda da Portela ('Portela, uma família reunida') e Zé Luiz Mazziotti, em "Preciso me encontrar", canção composta por Candeia a pedido do falecido jornalista e escritor Juarez Barroso. Esta mesma canção foi gravada com grande sucesso pela cantora Marisa Monte, filha Carlos Monte, ex-diretor da Portela.

Em novembro de 1998, no Canecão, foi lançado o CD em homenagem a Candeia com a presença de amigos, parceiros e admiradores de sua obra.

No ano 2000, a cantora Dorina regravou "Me alucina" no disco "Samba.com". Neste mesmo ano o parceiro Casquinha lançou o primeiro disco, no qual incluiu a música "Tantos recados", parceria de ambos, com participação especial de Aldir Blanc. Ainda neste ano, Luciana Mello, no disco "Assim que se faz", pela gravadora Trama, incluiu "O mar serenou" e seu parceiro Waldir 59 participou do disco "Ala de Compositores da Portela", CD no qual foi incluída uma de declamação de Waldir 59 de parte da letra do samba-enredo "Riquezas do Brasil" (Candeia e Waldir 59).

No ano de 2001, o sambista Agrião (Jorge Fernando Ribeiro Trindade) incluiu "A volta", de sua autoria, no disco "Samba vadio".

Em 2002, Zeca Pagodinho no disco "Deixa a vida me levar", incluiu de sua autoria "Riquezas do Brasil". Ainda em 2002, o grupo Fundo de Quintal gravou o disco "Cacique de Ramos e convidados", no qual foram incluídas de sua autoria "Samba da antiga", "Olha o samba, Sinhá" e "A flor e o samba", todas com participação especial de Zeca Pagodinho. Ainda neste ano, Teresa Cristina incluiu "Coisas banais", parceria com Paulinho da Viola, no disco "A música de Paulinho da Viola".

Em 2003, Alcione, no disco "Alcione ao vivo 2", incluiu de sua autoria "Profecia". Neste mesmo ano, "O mar serenou" foi interpretada por Wilson Moreira no disco "Um ser de luz - saudação à Clara Nunes".

No ano de 2004 a cantora Tereza Gama lançou o CD "Aos mestres com carinho" (Selo Rio Fonográfico), no qual interpretou de sua autoria "Gamação".

No ano de 2005, em São Paulo, vários amigos lhe prestaram homenagem em show no Sesc Pompéia, entre os quais Paulinho da Viola e Wilson Moreira.


OBRA

A flor e o samba • A hora e a vez do samba • A luz do vencedor (c/ Luiz Carlos da Vila) • A paz no coração (c/ Davi do Pandeiro) • A volta • Acalentava • Alegria perdida (c/ Wilson Moreira) • Amor não é brinquedo (c/ Martinho da Vila) • Anjo moreno • Batuquei no feiticeiro • Brasil, panteão de glórias (c/ Valdir 59, Casquinha, Bubu e Picolino) • Brinde ao cansaço • Cabocla Jurema • Candomblé: Deus que lhe dê (Folclore - Adpt. Candeia) • Capoeira: Ai, Haydê (Folclore - Adpt. Candeia) • Chorei, chorei • Coisas banais (c/ Paulinho da Viola) • Criança louca • De qualquer maneira • Dia a dia • Dia de graça • Ê, favela (c/ Jaime) • Era quase madrugada (c/ Casquinha) • Eskindolelê • Eterna paz (c/ Martinho da Vila) • Expressão do teu olhar • Falso poder (Ser ou não ser) • Festas juninas em fevereiro (c/ Valdir 59) • Filosofia do samba • Gamação • História de pescador • Histórias e tradições do Rio Quatrocentão (c/ Waldir 59) • Ilusão perdida (c/ Otto Enrique Trepte "Casquinha") • Imaginação (c/ Aldecy) • Indecisão (c/ Casquinha) • Já clareou • Legados de D. João VI (c/ Valdir 59) • Luz da inspiração • Luz de verão (c/ Marquinhos de Oswaldo Cruz) • Maculelê: Sou eu, sou eu (Folclore - Adpt. Candeia) • Me alucina (c/ Wilson Moreira) • Meu dinheiro não dá (c/ Catoni) • Mil reis (c/ Noca da Portela) • Minha gente do morro (c/ Jaime) • Minhas madrugadas (c/ Paulinho da Viola) • Morro do sossego (c/ Arthur José Poerner) • Não mate, homem (Folclore - Adpt. Candeia) • Não tem veneno (c/ Wilson Moreira) • Não vem (assim não dá) • Não vou te perdoar (c/ Wilson Moreira) • Nova escola • O ideal é competir (c/ Casquinha) • O mar serenou • O pagode • O último bloco • Olha hora Maria (Folclore - Adpt. Candeia) • Olha o samba sinhá (Samba de roda) • Os partideiros • Outro recado (c/ Otto Enrique Trepte "Casquinha") • Paixão segundo eu • Paranauê (Folclore - Adpt. Candeia) • PCJ (Partido Clementina de Jesus) • Peixeiro grã-fino (c/ Mano Bretas) • Pelo nosso amor • Peso dos anos (c/ Walter Rosa) • Pintura sem arte • Por que não veio (Samba de roda - adaptação) • Portela é uma família reunida (c/ Monarco) • Prece ao sol • Preciso me encontrar • Profecia • Quarto escuro • Quero estar só (c/ Wilson Moreira) • Regresso • Réu confesso (c/ Casquinha e Davi do Pandeiro) • Riquezas do Brasil (Brasil poderoso) (c/ Waldir 59) • Sabão (c/ Alvarenga) • Salve! Salve! (Folclore - Adpt. Candeia) • Samba da antiga • Samba de roda: Porque não veio (Folclore - Adpt. Candeia) • Samba na tendinha • Samba sincopado • Saudação a Toco Preto • Saudade (c/ Arthur José Poerner) • Seis datas magnas (c/ Altair Marinho "Prego") • Sindorerê • Sinhá dona de casa (c/ Netinho) • Sorriso antigo (c/ Aldecy) • Sou eu, sou eu (Adaptação do maculelê) • Sou mais o samba • Tantas você fez • Tantos recados (c/ Casquinha) • Testamento de partideiro • Vai de saudade (c/ Davi do Pandeiro) • Vai pro lado de lá (c/ Euclenes) • Vem amenizar (c/ Valdir 59) • Vem é lua • Vem menina moça • Vem pra Portela (c/ Coringa) • Vem, menina- moça • Viver • Você, eu e a orgia (c/ Martinho da Vila) • Zé Tambozeiro [Tambor de Angola] (c/ Vandinho)


DISCOGRAFIA

• Mensageiros do Samba (1964) Gravadora Philips LP
• Candeia (1970) Gravadora Equipe LP
• Raiz (1971) Gravadora Equipe LP
• Samba de roda (1975) Tapecar LP
• Partido em 5 volume 1 (1975) Tapecar LP
• Partido em 5 volume 2 (1975) Tapecar LP
• Luz da inspiração (1977) Atlantic/WEA LP
• Partido em 5 volume 3 (1977) Tapecar LP
• Quatro grandes do samba (c/ Elton Medeiros, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho) (1977) RCA Victor LP
• Axé! Gente amiga do samba (1978) Atlantic/WEA LP
• Candeia e Elton Medeiros. Coleção Nova História da Música Popular Brasileira (1978) Abril Cultural EP
• Candeia (1988) Funarte LP
• Mestre da MPB - Candeia (1993) Warner Music CD
• Candeia, Aniceto do Império, Mestre Marçal e Velha-Guarda da Portela (1997) Funarte/Atração Fonográfica CD
• Raiz - Filosofia do samba (1997) Copacabana Discos CD
• Candeia - Samba da antiga (1997) Copacabana Discos CD
• Eterna chama/Candeia (1998) Perfil Musical CD


PRINCIPAIS SHOWS

1964: Show c/ os Mensageiros do samba. Zicartola, RJ, • 1978: Os quatro grandes do samba. (c/ Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros). Teatro Clara Nunes. Rio de Janeiro, RJ.

Segue a matéria do RJTV.

15 de jan. de 2008

Paulo César Pinheiro

Paulo César Pinheiro


Letrista de centenas de canções da MPB, começou escrevendo versos da juventude, e nos anos 60 fez as primeiras letras para músicas de João de Aquino। Em 1968 sua música "Lapinha", em parceria com Baden Powell, venceu a I Bienal do Samba da TV Record. Participou de outros festivais e compôs trilhas para teatro, cinema e televisão. Na década de 70 gravou o disco "O Importante É que Nossa Emoção Sobreviva" com a cantora Márcia e Eduardo Gudin, derivado do show de mesmo nome. Publicou livros de poemas e lançou CDs com as músicas letradas por ele: "João Nogueira e Paulo César Pinheiro" (1994) e "Tudo o que Mais Nos Uniu: Eduardo Gudin, Márcia e Paulo César Pinheiro" (1996). Entre suas parcerias mais famosas estão "Matita Perê" (com Tom Jobim), "Saudades da Guanabara" (com Aldir Blanc e Moacir Luz), "A Grande Ausente" (com Francis Hime), "E Lá Se Vão Meus Anéis", "Maior É Deus" (ambas com Eduardo Gudin), "Aviso aos Navegantes", "É de Lei", "Refém da Solidão", "Cai Dentro", "Falei e Disse", "Lapinha", "Diálogo" (todas com Baden Powell), "A Velhice da Porta-bandeira", "Sagarana", "Viagem" (com João de Aquino), "Agora É Portela 74", "Pesadelo" (com Maurício Tapajós), "Cicatrizes" (com Miltinho), "Menino Deus" (com Mauro Duarte), "Vento Bravo" (com Edu Lobo) e "Bolero de Satã" (com Guinga).

14 de jan. de 2008

André, Tom e Subrinhu

Quando não tiver o que fazer... Faça Samba...

Quando tiver muito o que fazer... Faça ouvindo Samba

Quando estiver triste... Ouça Samba

Nos momentos de maior alegria... Ouça Samba

Enfim, Samba é bom em todos os momentos, seja ele de tristeza ou de alegria!!!

"Não sou do tempo das armas

Por isso ainda prefiro

Ouvir um verso de samba

Do que escutar som de tiro" (Paulo Cesar Pinheiro - Nomes de Favela)